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sábado, 8 de outubro de 2011

Rascunhos de memórias

Considero minha minha memória como diversos textos escritos de diferentes formas, algumas passagens gostaria de ter escrito a lápis, para que pudesse apagá-las e reescrevê-las de modo a esquecer os erros e as decisões equivocadas. Outras partes foram escritas a caneta para que pudessem ter uma longevidade, mas hoje olho para o passado e o que vejo são memórias incompletas de pessoas que não lembro o nome e de acontecimentos borrados pela mancha do esquecimento.


Outras memórias foram escritas de forma garranchal, pois ao relembrá-las sei que contém algo importante, mas não consigo atribuir significado já que na minha pressa de registrá-las, não dei a devida atenção de como organizá-las corretamente. O que acabo vendo são frases aparentemente desconexas, mas com algum significado e que apenas com muito esforço consigo compreender.

Em menor número tenho as memórias que decidi plastificar, essas são memórias mais especiais de momentos e acontecimentos não apenas interessantes, mas também de momentos singelos que marcaram minha vida. Elas são escritas com calma de modo que eu possa voltar a lê-las no futuro e lembrar dos seus significados.

Por último tem as memórias que tentei apagar, queimar e rasgar, mas sempre que olho os pedaços que sobraram delas me lembro dos acontecimentos. Ao contrário das memórias garranchais, para estas quase não tenho que fazer esforço para lembrar do significado. Como todas as minhas tentativas de destruí-las e ignora-las se mostrou em vão, eu simplesmente aprendi a conviver com elas por mais doloroso que possa ser.

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